IMHOTEP
Imhotep,
“aquele que vem em paz”, viveu no Egito, no século XXVII a.C. e desempenhou
altos cargos administrativos e religiosos ao serviço do faraó Djoser. Foi
contemporâneo dos médicos Hesy-Ra e Merit-Ptah, mas ofuscou-os em fama e conhecimento.
Divinizado
após a morte, foi cultuado em Mênfis. O local da sua sepultura permanece
desconhecido. Há escritos gregos que o associam a Asclepius.
Imhotep
não se dedicou apenas à governação e à medicina. Terá sido o arquiteto de
Saqqara, a primeira grande pirâmide do Egito, última morada do rei Djoser. Anteriormente,
os faraós eram enterrados em mastabas, muito menos elevadas. Essencialmente,
uma pirâmide é uma sobreposição de mastabas de dimensões decrescentes.
Imhotep
foi também o patrono dos escribas.
Conhecem-se
os seus múltiplos cargos e honrarias, mas pouco se sabe sobre a sua vida e a
sua personalidade. São numerosas as estátuas que o representam e variadas as
interpretações dadas à sua figura. Foi retratado como um homem comum, como
sacerdote de cabeça rapada, como sábio acompanhado por um rolo de papiro e
também como um deus, em estatuetas em que se apresenta de pé, com barba,
empunhando os atributos da divindade.
A
figura de Imhotep, como médico, pertence mais ao domínio da lenda do que ao da
história. Tornou-se indissociável do papiro de Edwin Smith, ainda que o único
exemplar conhecido do documento tenha sido escrito aproximadamente mil anos
após a sua morte. Supõe-se que se trata de uma cópia de textos mais antigos, redigida,
pelo menos, por três escribas diferentes. Por outro lado, o facto de se tratar
de um trabalho objetivo e não imbuído de magia, tende a dissociá-lo da figura
de Imohtep, um sumo-sacerdote do Deus Rá, naturalmente afeto a cultos mágicos.
Falarei com algum pormenor do papiro de Smith, no próximo artigo deste blogue.
Fontes: Deuses e demónios da Medicina, de Fernando Namora, Wikipedia.
Sem comentários:
Enviar um comentário