Histórias da Medicina Portuguesa

No termo de uma vida de trabalho, todos temos histórias a contar. Vamos também aprendendo a ler a História de um modo pessoal. Este blogue pretende viver um pouco da minha experiência e muito dos nomes grandes que todos conhecemos. Nos pequenos textos que apresento, a investigação é superficial e as generalizações poderão ser todas discutidas. A ambição é limitada. Pretendo apenas entreter colegas despreocupados e (quem sabe?) despertar o interesse pela pesquisa mais aprofundada das questões que afloro.
Espero não estar a dar início a um projecto unipessoal. As portas de Histórias da Medicina estão abertas a todos os colegas que queiram colaborar com críticas, comentários ou artigos, venham eles da vivência de cada um ou das reflexões sobre as leituras que fizeram.

sábado, 14 de outubro de 2023

 


               CAMILO E OS MÉDICOS


 


Por oferta gentil de António Barbedo, Psiquiatra e Poeta, recebi recentemente o grosso volume compilado pelo historiador médico Maximiano Lemos intitulado "Camilo e os Médicos" e publicado no ano de 2012 pela Seção Regional do Norte da Ordem dos Médicos. 

 O centenário do nascimento de Maximiano Lemos, celebrou-se há poucos dias. Teremos oportunidade de o lembrar no decurso da V Semana do Autor Médico, um encontro bienal  de escritores e artistas plásticos médicos que tive a iniciativa de organizar há alguns anos e que promete continuar. Irá decorrer na sede da Ordem dos Médicos, em Lisboa, de 21 a 28 do mês corrente.  Maximiano Lemos será a figura central deste evento.


Esta curta nota não se destina, porém, a homenagear Camilo Castelo Branco, de quem fui biógrafo e sou admirador quase incondicional, nem Maximiano. Pretende apenas registar mais uma referência elogiosa a este blogue. Passo a transcrever uma parte do prefácio da autoria de Miguel Guimarães, então Presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos e mais tarde Bastonário.  

Atente-se no que conta o ilustre colega António Trabulo que, em tempos de outros meios e de outras tecnologias se dedica, através do seu blogue ( ao qual, já agora aconselhamos uma visita), a continuar a obra de Maximiano Lemos.  “A 21 de maio de 1890, Camilo escreve ao oftalmologista Edmundo de Magalhães Machado, de Aveiro, rogando-lhe que o salve da cegueira. O médico desloca-se a Ceide a 1 de junho. Reconhecendo nada ser capaz de fazer pela visão do escritor, diz palavras de circunstância. Enquanto Ana Plácido acompanhava o médico à porta, Camilo suicidou-se, disparando um tiro de revólver na cabeça.”

Lembro que neste blogue foram já publicados 190 artigos originais e que o número das visitas ultrapassou os 135.000.




 

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