RELÍQUIAS RADIOLÓGICAS
Material usado nos Capuchos para Neurorradiologia
A quarentena deu tempo
para arrumar a garagem. Encontrei estas relíquias. Foram registadas no Serviço
de Neurocirurgia do Hospital dos Capuchos, em Lisboa, na década de 60.
M.A.V.?
Quando entrei para o
Internato de Neurocirurgia em julho de 1973, para fazer carreira na
Especialidade era necessário, para além das habituais qualidades cirúrgicas,
ter jeito para puncionar carótidas.
A instauração da
Neurorradiologia, com o trabalho pioneiro do meu amigo Costa Reis, iria tardar
alguns anos.
Selas turcas alargadas por adenomas
Tal como os outros
neurocirurgiões da época, executei um número considerável de exames
radiológicos.
Estimo o total em cerca de um milhar. Deixei de os registar em 1977, quando já passavam dos 600. Predominavam as angiografias carotídeas, seguidos das mielografias. Executei algumas 50 encefalografias gasosas e um número mais reduzido de ventriculografias e de angiografias da vertebral por punção direta.
Fase arterial
Fase venosa
As angiografias vertebrais surgiam por vezes inadvertidamente, quando se procurava puncionar a carótida comum. No entanto, detínhamos muito treino e lembro-me de ter conseguido obter algumas intencionalmente.
Nós não fazíamos as ventriculografias com ar, mas com contraste positivo
As imagens apresentadas são do tempo
dos doutores Moradas Ferreira, Cunha e Sá, César Freire de Andrade, Alvaro Athaíde e
Vasconcelos Marques. Tive o privilégio de trabalhar, durante alguns anos, com
os dois últimos.
Algumas películas têm manuscrito nos invólucros o nome dos doentes e os serviços onde estavam internados, mas não sou capaz de identificar as caligrafias.
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